Esvaziamento da Alfândega de Vitória: contra projeto, Casagrande vai a Haddad

Publicado em 04/07/2023

Movimentos recentes realizados pela Receita Federal trouxeram novamente à tona o debate sobre a autonomia da Alfândega de Vitória, tema que surgiu no final de 2022 e, depois das eleições, andava adormecido. Neste final de semana, foi noticiada a informação de que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), enviou um ofício ao governo federal criticando a intenção da Receita de transferir parte da estrutura, que hoje está em Minas, para Brasília.

A notícia dada pela Folha de São Paulo circulou forte entre políticos e empresários do Estado durante todo o domingo (02). Por conta dela, o governador Renato Casagrande (PSB) chamou o chefe da Alfândega de Vitória, Douglas Koehler, para uma conversa no Palácio Anchieta na segunda-feira (03), logo cedo.

"Chamei o delegado aqui para entender melhor o que está havendo. Sigo na mesma posição que sempre estive, defendendo a autonomia da instituição aqui no Estado. Pelo que estou vendo, voltou com essa história de centralizar, agora lá em Brasília. Vejo como um equívoco, os serviços da ponta, que é o caso, precisam continuar descentralizados. Não sou contra buscar mais sinergia e produtividade, mas temos de tomar cuidado para não dar um nó na prestação de um serviço essencial. Vou enviar um ofício, com todas essas questões, ao (ministro da Fazenda, Fernando) Haddad e ao (secretário da Receita Federal, Robinson) Barreirinhas", disse o governador.

À frente de um Estado que tem mais de 50% de sua economia ligada ao comércio internacional e que tem recebido uma série de investimentos em portos e logística em geral, Casagrande não quer nem ouvir falar em perda de eficiência no despacho aduaneiro, procedimento realizado para desembaraçar qualquer mercadoria que chega ou sai do Brasil.

Empresários do comércio exterior capixaba, também contrários ao projeto, afirmam que o trabalho ganha velocidade quando o auditor conhece, por conta da experiência acumulada, os importadores, exportadores, recintos aduaneiros, despachantes, transportadores e, claro, as mercadorias que geralmente passam pelo portos capixabas.

Com a centralização, auditores de fora do Estado fariam o trabalho. De acordo com empresários ouvidos pela coluna, outros serviços, antes feitos por Vitória, foram centralizados e a experiência não tem sido das melhores.
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Fonte: A Gazeta - Abdo Filho

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