Empresas e empregos com a zona franca do Estado

Publicado em 26/06/2023

O Espírito Santo está prestes a se tomar o primeiro estado a contar com a única Zona de Processamento de Exportação (ZPE) privada, que será instalada na Barra do Riacho, em Aracruz. A sigla se refere a uma espécie de zona franca, mas voltada a empresas que operam com exportação.

A informação foi confirmada pelo secretário de Desenvolvimento e vice-governador do Estado, Ricardo Eerraço. A primeira zona franca do Estado promete atrair empresas de vários segmentos, além de criar diversos empregos.

"O processo está bem encaminhado, atualmente no Conselho da Zona de Processamento de Exportação, que faz parte do Ministério de Desenvolvimento", afirmou Ricardo Eerraço.

Hoje há no Pais duas ZPEs em operação, mas são públicas. Elas estão situadas em Pecém (CE) e Par-naíba (PI). Essas zonas são áreas de livre comércio com o exterior, destinadas à instalação de empresas voltadas à produção de bens a serem vendidos para fora do BrasiL

O governo realizou chamamento público para verificar quais grupos econômicos estariam interessados na área. No prazo estipulado, o Grupo Imetame, com sede em Aracruz, se manifestou.

"Nesse momento a Imetame está detalhando e apresentando as informações para que em julho tenhamos a liberação pelo conselho. A partir daí, a construção da ZPE estará autorizada", disse Ricardo.

Por meio de nota, o Grupo Imetame informou que a ZPE Aracruz "terá uma conexão direta com o Porto da Imetame, e as duas operações acontecendo de forma complementar vão gerar uma importante sinergia econômica para Aracruz e para o Estado".

Além disso, o grupo informou que a área destinada às empresas que devem se instalar será de, inicialmente, 500 mil m2, podendo se estender, no futuro, para 2,5 milhões de m\ O secretário de Desenvolvimento de Aracruz, José Eduardo Paria de Azevedo, explicou que o local escolhido para ser utilizado como ZPE fica a 13 quilômetros do porto da Imetame.

"A legislação da ZPE informa que a distância máxima de uma ZPE para um porto seja de 30 km. A área já está determinada, será preciso fazer apenas terraplanagem. A construção irá trazer crescimento para Aracruz e toda a região Norte", explicou.

Rochas e café são uma tendência

Com a instalação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Aracruz, nas imediações do Porto da Imetame, a tendência é de que empresas de vários segmentos tentem ocupar algum espaço dentro da Zona. Nesse sentido, os setores de rocha e café já manifestaram interesse.

Um detalhe que deve fomentar ainda mais a economia no local é que o Porto da Imetame será mul-tipropósito, ou seja, terá a capacidade de operar diversas cargas, abrindo assim um leque de produtos para exportação.

"Com um porto privado e a perspectiva de muita variedade de cargas, a vinda da ZPE para Aracruz é autoexplicável", disse o secretário de Desenvolvimento do município, José Eduardo Faria de Azevedo.

O presidente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), Tales Machado, admitiu que o setor é um dos que pretendem ter áreas dentro da ZPE Aracruz.

"Já realizei uma visita à Imetame e conversamos sobre a ZPE. Temos total interesse. Colocar uma estrutura dentro da ZPE nos dá acesso a uma série de benefícios tributários incomparáveis", comentou.

Em contato com o Centro de Comércio de Café de Vitória, que representa os exportadores de café capixaba, foi informado que o segmento também possui interesse nas áreas da ZPE. "O mercado do café foi, inclusive, alvo do projeto da criação da ZPE", disse um dos representantes.

Concorrência por incentivos próprios para atuar no espaço

As companhias que se instalam dentro de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) possuem vários benefícios. Geralmente esse é o principal motivo para que a concorrência seja grande entre as companhias para conseguir um lugar dentro dessas Zonas.

Outra vantagem é que a empresa especializada em exportação estará geograficamente bem localizada, já que a ZPE fica próximo a um porto. No caso de Aracruz, a 13 km do Porto da Imetame.

"As empresas terão benefícios fiscais com redução de taxa tributária, porque é uma zona endereçada à exportação", explicou o secretário de Desenvolvimento e vice-govemador, Ricardo Eerraço.

O Grupo Imetame também explicou que as "empresas terão benefícios para custear suas operações e também para os investimentos que serão realizados visando a suas instalações".

Secretário de Desenvolvimento de Aracruz, José Eduardo Paria de Azevedo afirmou que os benefícios fiscais de redução de custos de exportação, que as empresas vão ganhar, farão com que os produtos brasileiros e, sobretudo, os capixabas, sejam ainda mais competitivos para o mercado.

Empresas e empregos com a zona franca do Estado

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Fonte: A Tribuna

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