Empresas de importação e exportação apoiam mudança tarifária no Porto de VitóriaPublicado em 24/03/2023 O Sindiex (Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo) apoia as mudanças tarifárias que serão aplicadas pela Vports (antiga Codesa) a partir do dia 17 de maio, e que vêm provocando alguma polêmica. Pelas contas da entidade, 80% das cargas movimentadas no complexo portuário de Vitória pagarão menos taxas com a nova tabela. A cobrança em questão é pelo uso do VTMIS - sistema de auxílio eletrônico à navegação. Os dirigentes do Sindiex vão negociar alguns ajustes, mas não há possibilidade de fazerem oposição. Eles foram à Vports e ouviram que produtos como ferro-gusa pagarão uma tarifa 77% menor. A redução em cima dos navios de contêiner é de 39%. Em setembro do ano passado, quando foi feita a concessão da Codesa à iniciativa privada, a concessionária, além do negócio, assumiu a autoridade portuária (responsável pela administração do porto organizado) do Complexo de Vitória. De acordo com a Vports, por algum motivo que não se sabe qual é, os navios que atracam em Capuaba e no Centro de Vitória pagam, proporcionalmente, mais pelo uso do VTMIS. As embarcações que usam os terminais de Tubarão - que também fazem parte do porto organizado e recebem embarcações muito maiores - não contribuem na mesma proporção. O resultado dessa equação é um custo, em se tratando dessa taxa, muito maior para quem usa o Porto de Vitória do que para quem usa o Complexo Portuário de Tubarão. A partir de 17 de maio, a taxa do VTMIS nos portos de Tubarão (Vale) e Praia Mole (ArcelorMittal, Usiminas e Gerdau) sai dos atuais R$ 1.103,50 por acesso e vai para R$ 18.729,65 por acesso, um aumento de 1.597,3%. Em contrapartida, as cargas que entram por Capuba e Centro de Vitória, quase a totalidade das cargas trazidas pela tradings, pagarão menos. Foi esta a explicação dada pela Vports que convenceu os dirigentes do Sindiex. Desde que foi divulgada, na sexta-feira passada, a nova tabela vem provocando muito disse me disse, inclusive com repercussões em São Paulo e Brasília. O pano de fundo é a privatização do Porto de Santos. |
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Fonte: Coluna Abdo Filho - A Gazeta