A balança comercial registrou superávit de US$ 9,035 bilhões em julho. O número foi divulgado nesta terça-feira, 1o, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). O resultado foi 68,7% maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior, no cálculo pela média diária.

As exportações somaram US$ 29,062 bilhões, queda de 2,6%. As importações foram de US$ 20,027 bilhões, queda de 18,2%.

No acumulado do ano, o superávit alcançou US$ 54,1 bilhões, alta de 36,6%. As exportações somaram US$ 194,742 bilhões, alta de 0,4%. Já as importações alcançaram US$ 193,914 bilhões, queda de 8,9%. A corrente de comércio, soma de exportações e importações, alcançou US$ 335,384 bilhões, queda de 3,7%.

A Secex projeta superávit de US$ 84,7 bilhões da balança comercial neste ano, com exportações de US$ 166,153 bilhões e importações de US$ 120,638 bilhões.

As exportações para China, Hong Kong e Macau, principais destinos dos produtos brasileiros, cresceram 14,23% em julho, calculadas com base na média diária em relação à do mesmo mês no ano anterior. Já as vendas totais para a Ásia subiram 6,23%.

Na mesma base de comparação, as vendas para a América do Norte subiram 3,35%, enquanto para a América do Sul caíram 7,24% e para a Europa caíram 23,9%.

As exportações agropecuárias subiram 1,78% em julho, no cálculo com base na média diária em relação à do mesmo mês no ano anterior.

No caso da indústria extrativa, houve queda de 2,62%, enquanto na indústria de transformação houve queda de 4,86%.

Pelo lado das importações, houve queda de 24,93% nas compras agropecuárias, queda de 4,06% na indústria extrativa e de 18,92% na indústria de transformação, pela mesma base de comparação.

O diretor de Planejamento e Inteligência Comercial da Secex, Herlon Brandão, afirmou que os superávits comerciais tanto de julho quanto dos sete primeiros meses deste ano foram os maiores da história. Os saldos foram positivos, respectivamente, em US$ 9,035 bilhões e US$ 54,1 bilhões "O saldo comercial tem batido recordes por causa da queda das importações e da resiliência das exportações", disse.

Ele destacou, por exemplo, que as exportações também alcançaram nos primeiros sete meses do ano o maior patamar da série, ficando em US$ 194,742 bilhões.

O diretor afirmou, no entanto, que os preços das exportações e importações vêm caindo nos últimos meses. Isso tem causado, por exemplo, queda da média diária do valor das importações na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o recuo no preço das exportações vem sendo compensado pelo aumento do volume.

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